terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Escola Bíblica Dominical


Lição 07

Reconciliando com Deus

Texto Áureo

“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando o seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação”. II Co 5.19

Verdade Aplicada

Diante do desastre causado pelo pecado, e do dilema do homem, Deus se prontificou a reconciliar-se com todo demonstrando a Sua graça. 

Objetivo da Lição

Ø Compreender a importância da reconciliação.
Ø Explicar a necessidade da reconciliação.
Ø Reconhecer que Deus reconciliou o mundo através de Cristo.

Glossário

Inacessível – Que não é acessível, que não dá acesso; inatingível; Que não é impressionável; insensível.
Indecifrável – Que não se pode decifrar; De difícil interpretação; Inexplicável.
Mediador – Que, ou o que intervém; medianeiro.

Hinos Sugeridos
Ø 87, 139, 192

Textos de Referência

Rm 5.8 Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

Rm 5.9 – Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

Rm 5.10 – Pois se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estamos já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.

Rm 5.11 – Não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem agora alcançamos a reconciliação.

Leituras complementares

   Segunda         Terça          Quarta
  Rm 11.15     II Co 5.18    II Co 5.20

   Quinta            Sexta          Sábado
   Ef 2.16           Cl 1.20         Cl 1.22
      
Esboço da Lição

     Introdução.
1. A Dispensação.
2. O que é Reconciliação.
3. O autor da Reconciliação.
4. O agente da Reconciliação.
Conclusão.


Introdução

      O Deus amoroso, justo, criador dos céus e terra, que encontramos nas páginas da Bíblia Sagrada, não é um ser distante, inacessível e indecifrável. Ao contrário, Deus tem alegria e contentamento em comunicar-se com o homem “coroa de sua criação”. Ele mesmo tomou iniciativa para estabelecer uma comunhão íntima entre o criador e sua criatura. Infelizmente, a humanidade tem escolhido caminhos que afetam essa comunhão com o Criador, entretanto, ao reconhecer seu estado de pecado, o homem poderá através de Jesus Cristo reconciliar-se com Deus. Gn 3.9; Rm 5.11

 1. A Dispensação

     Dispensação é o período que o homem é experimentado em relação à sua obediência a vontade tanto permissiva como diretiva de Deus.  Sabemos que Deus criou o homem e a mulher debaixo da “dispensação da inocência”, ainda que adultos nos seus entendimentos não existissem malícia, não havia despertado a concepção do “eu”, eram como crianças.  Após a queda, o pecado contra Deus, eles, agora saem da proteção desta dispensação e entram para a “dispensação da consciência”, conhecendo o bem e o mal. Gn 2.25

1.1 – Dispensação da Inocência

      Foi procedida pela criação. A dispensação se chama “da Inocência”, porque Adão e Eva eram inocentes, não conhecia o pecado. Reflete o estado original em que o homem foi criado. O homem foi colocado em um ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples e advertido das consequências da desobediência. A mulher caiu sob a tentação, levando o seu marido, Adão a uma condição lamentável. Deus restaurou as suas criaturas pecaminosas, mas a “dispensação da inocência” terminou com o julgamento e a expulsão do casal. Gn 2. 15-17; 3.5

1.2 – Dispensação da Consciência
     
      Com a queda, Adão e Eva adquiriram o conhecimento do bem e o mal. Trocaram sua inocência por uma consciência acusadora. Por sua experiência na dispensação da inocência aprenderam a diferença entre o bem e o mal. Agora a sua consciência livre feito à semelhança de Deus foi deixado em liberdade para obedecê-lo. Isto proporcionou à sua consciência uma boa base para um julgamento moral e correto colocando sob seus ombros a seguinte responsabilidade; fazer o bem e evitar o mal. O resultado desta dispensação trouxe o caos e corrompeu toda a terra. Assim com Deus lançou juízo sobre Adão no Éden, Deus novamente lança juízo sobre a terra. O Dilúvio. Gn 3.7,22; 6.5-12, 7.11,23

 2. O que é Reconciliação
     
      Seu significado etimológico é mudança, mas o uso sempre inclui a união de duas ou mais partes pela renovação de bases ou causas de desarmonia. No grego, o verbo "reconciliar" (katallassō, do substantivo katallagē, que significa reconciliação) sugere a ideia de trocar, mudar. Neste caso específico, a inimizade está sendo trocada por relações pacíficas. Esta expressão diz respeito ao reajuntamento das pessoas que estavam separadas, assim como um pai e um filho que se separam por divergências familiares. Para que a relação seja restabelecida, é necessário remover os fatores que ocasionaram a inimizade. Na relação rompida entre Deus e a humanidade, a remoção dos elementos que impediam a sua restauração foi realizada pela expiação. A reconciliação é necessária para por fim à inimizade existente. A doutrina da reconciliação está relacionada com a restauração da comunhão entre o homem pecador e Deus, o Santo Criador, através de Jesus Cristo, o Redentor. Por causa de suas más ações, o homem é declarado inimigo de Deus. II Co 5.18-20; Ef 2.16

2.1 Base da Reconciliação

      A morte de Jesus Cristo na cruz proporcionou a reconciliação entre o homem e Deus. Jesus Cristo na cruz responsabilizou-se pelos pecados do mundo inteiro. O fato da obra de Jesus Cristo ter garantido a provisão para a reconciliação, não significa que todos os homens estejam bem com Deus. O processo de reconciliação não depende somente da obra do Medidor, mas da disposição do homem de se reconciliar com Deus. O que resta ao homem é aceitar provisão divina, restaurando a comunhão com Deus através do sacrifício reconciliador proporcionado por Jesus Cristo. Cl 1.20-23; Rm 5.10; Gl 3. 13,14

2.2 Oferta da Reconciliação

      Em sua segunda Epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo nos ensina sobre o “Ministério da Reconciliação”. É uma questão muito bem discutida quando se analisa o conteúdo das mensagens de Paulo. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação”. Toda pessoa reconciliada com Deus tem o ministério da reconciliação. Antes éramos inimigos de Deus, estávamos perdidos e desgarrados, mas agora reconciliado com Deus, buscamos os perdidos, os ferido e os desgarrados.
Agora, somos instrumentos de reconciliação. II Co 5.11-21

3. O Autor da Reconciliação
     
      Veja que interessante! No processo da reconciliação não é o homem caído que toma a iniciativa, mas sim a parte ofendida “Deus” que toma a iniciativa. Deus poderia ter nos tratado como tratou os anjos rebeldes, mantendo-os em estado de perdição eterna. Através do seu amor eterno e incessante por nós, Deus nos providenciou um caminho de volta para Ele. “Eu amei com amor eterno; com amor leal a atraí”. Jr 31.3

3.1 A Reconciliação é iniciativa e obra de Deus

      A Bíblia Sagrada ensina que a obra redentora de Jesus Cristo foi suficiente para redenção de toda a humanidade. Através de seu sacrifício perfeito, bilhões de vidas miseráveis e pecaminosas foram representadas em Jesus Cristo, e os seus pecados foram perdoados. Apesar das diversas promessas bíblicas, mostram que Jesus Cristo morreu pelo mundo inteiro. Contudo, Ele não pode salvar nenhum pecador que se recuse a crer na obra redentora realizada por Jesus Cristo no Calvário e ser reconciliado com Deus. Toda a nossa salvação é iniciativa e obra de Deus. II Co 5.18; Rm 8.28

3.2 Preço da Reconciliação

      O preço da reconciliação foi muito alto. Vejamos: Jesus no Getsêmani disse: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal”. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice”. Naquele momento Ele sentiu o peso dos nossos pecados sobre os seus ombros. Não havia outro meio de sermos reconciliados com Deus. Jesus Cristo pelo seu sangue vertido ali na cruz proporcionou a nossa reconciliação. Quando Deus criou o Universo, Ele falou e tudo se fez. Quando Deus criou o homem, Ele formou o homem do pó da terra e o fez a sua imagem e semelhança, soprando em suas narinas o fôlego da vida. Deus quando reconciliou consigo o homem, Ele na pessoa do seu Filho Jesus Cristo esvaziou-se, assumiu a forma humana, chorou, sofreu, foi humilhado, escarnecido e morreu na cruz para nos reconciliar com Deus. Mt 26.38,39; Rm 8.32
4. O Agente da Reconciliação
    
           Deus não pode fazer vistas grossas ao pecado – A justiça violada precisa ser satisfeita. A alma que pecar, essa morrerá. Deus não inocentará o culpado. Max Lucado declara que “por meio de Jesus Cristo, nosso passado foi perdoado e nosso futuro está garantido”. Mediante as palavras deste célebre escritor posso afirmar que por meio de Jesus Cristo, fomos reconciliados com Deus, nossa relação foi restabelecida. Portanto Jesus Cristo é a ponte que nos liga a Deus, é o único mediador, é o “Agente da Reconciliação” entre Deus e o homem. I Tm 2.5; Hb 12.24

4.1 Cruz o ponto de reconciliação com Deus
     
     A cruz de Cristo foi o preço que Deus pagou para nos reconciliar consigo. A cruz é o lugar onde o amor e a justiça de Deus se encontrou. A justiça exigia a penalidade de morte pelo pecado, e Seu amor o perdão através do Seu próprio sacrifício para aniquilar o pecado. O Seu amor satisfez as Suas próprias exigências, enviando o seu Filho Unigênito, para morrer em nosso lugar. I Co 1.17; Gl 6.14; Cl 2.15

4.2 A Necessidade da Reconciliação

      Em seu sentido mais amplo reconciliação é a restauração da comunhão entre o homem caído e Deus ofendido. “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. O pecado foi o maior desastre que aconteceu na história da humanidade. O pecado provocou um abismo espiritual, separou o homem de Deus; provocou um abismo social, separou o homem do seu próximo; provocou um abismo psicológico, separou o homem de si mesmo. O homem é um ser em guerra com Deus, consigo e com o seu próximo. O substantivo grego para reconciliação é “katallagē”, cujo sentido é “cessação de inimizade”. A ideia é que duas partes eram inimigas entre si, e agora são amigas. Deus e o homem, antes inimigos por causa da desobediência, mas agora se tornaram amigos na pessoa de Jesus Cristo. “Tudo isso é feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em amigo dele”. Cristo morreu para levar nossos pecados, portanto não há mais motivos para continuarmos inimigos de Deus. Somos chamados a sermos amigos de Deus. Pense nisto! Rm 3.23; II Co 5.18

Conclusão

     Que gratidão advém àquele que, desgarrado como estava já foi reconciliado com Deus. Agora como criaturas reconciliadas por meio de Jesus Cristo, recebemos o ministério da reconciliação. Estávamos separados de Deus por causa do pecado, considerados inimigos dEle, porque Ele é Santo. Fomos nós que criamos esta inimizade e Deus por amor tomou medidas para acabar com essa inimizade, a cruz. Em Jesus, Deus nos chama à reconciliação e novamente oferece sua amizade.  A Bíblia ensina que “pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” e que o homem é incapaz de salvar-se e de ir para o céu pela própria força, justiça e bondade. Deus proveu a salvação de maneira que a paz e a justiça fossem restauradas. No Jardim do Éden, Deus nos deu a ilustração de um cordeiro expiatório, que simbolizava o verdadeiro Cordeiro de Deus, o único que podia remover o pecado. Rm 3.23; Jo 1.14

 Questionário
1. Quem é Deus?
R:. A melhor definição encontrada é: “Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”.
2. Deus existe. Por quê?
R:. Sim. Deus é garantia racional, lógica do Universo. Sem Ele, o Universo não existiria. Todas as  coisas  foram criadas por Ele, para Ele, e para a Sua glória.
3. Como Deus tornou-se conhecido?
R:. Mediante o seu ato de criar e de sustentar tudo quanto existe. Ele dá vida, alento, alimento e alegria.
4. A Bíblia prova a existência de Deus?
R:. Sim.
5. Onde achamos evidências da existência de Deus?
R:. Na criação, na natureza humana e na história humana.

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