“Senhor, eis
que está enfermo aquele que tu amas” (Jo 11.3)
É extraordinária a nossa incapacidade de avaliar,
sentir e detectar o amor de Deus por nós. Ainda cometemos o erro de enxergar,
nos relacionar e pensar em Deus como se fosse homem. Ou seja: avaliamos Deus
pelos mesmos critérios que nos auto avaliamos e avaliamos o próximo. Daí,
cometemos o grande erro: Deus não é homem!
Esta narrativa da ressurreição de Lázaro me é
surpreendente pelo fato de afirmar que Jesus amava Lázaro apesar de assim mesmo
Lázaro adoecer até morrer, e morrer até apodrecer, sem isto ter anulado o amor
de Deus por ele. Isto por que:
Não se avalia o amor de Deus pela sua prontidão em nos atender.
Jesus fica dois ainda dias no mesmo lugar depois da notícia de que seu
amigo e homem que amava, estava enfermo. Quando resolve ir ao encontro do
objeto de seu amor ainda demora-se até perfazer quatro dias em que Lázaro
estava morto. Na declaração de Marta ele estava mais do que atrasado.
Nisto aprendemos que Deus nos ama sem pressa de nos atender. Não podemos
avaliar seu amor pela prontidão de atendimento as nossas necessidades. A
inapressabilidade divina é amorosa em sua natureza.
Não se avalia o amor de Deus pelo processo circunstancial da vida.
O Lázaro que estava são, ficou doente; que estava doente ficou mais
doente; que estava mais doente morreu. Este processo degenerativo da saúde e
condição de Lázaro não anulou o amor de Jesus por ele.
Por tal razão não podemos acreditar que por conta dos processos de dores
que enfrentamos na vida, por eles podemos medir o amor divino por nós. Deus nos
ama apesar da dor! É o que diz Paulo aos Romanos 8.