Lição 07
Reconciliando com Deus
Texto Áureo
“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,
não lhes imputando o seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação”. II Co 5.19
Verdade
Aplicada
Diante do desastre causado pelo pecado, e do dilema do homem, Deus se
prontificou a reconciliar-se com todo demonstrando a Sua graça.
Objetivo da
Lição
Ø Compreender a importância da reconciliação.
Ø Explicar a necessidade da reconciliação.
Ø Reconhecer que Deus reconciliou o mundo através de
Cristo.
Glossário
Inacessível – Que não é acessível, que não dá acesso; inatingível; Que
não é impressionável; insensível.
Indecifrável – Que não se pode decifrar; De difícil
interpretação; Inexplicável.
Mediador – Que, ou o que intervém; medianeiro.
Hinos
Sugeridos
Ø 87, 139, 192
Textos
de Referência
Rm
5.8 – Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por
nós, sendo nós ainda pecadores.
Rm
5.9 – Logo, muito mais agora, sendo
justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
Rm
5.10 – Pois se nós, quando éramos
inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais,
estamos já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Rm
5.11 – Não somente isto, mas também
nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem
agora alcançamos a reconciliação.
Leituras
complementares
Segunda
Terça
Quarta
Rm 11.15 II Co 5.18 II Co 5.20
Quinta
Sexta
Sábado
Ef 2.16 Cl 1.20 Cl 1.22
Esboço
da Lição
Introdução.
1. A Dispensação.
2. O que é Reconciliação.
3. O autor da Reconciliação.
4. O agente da Reconciliação.
Conclusão.
Introdução
O Deus amoroso, justo, criador dos céus e terra,
que encontramos nas páginas da Bíblia Sagrada, não é um ser distante,
inacessível e indecifrável. Ao contrário, Deus tem alegria e contentamento em
comunicar-se com o homem “coroa de sua
criação”. Ele mesmo tomou iniciativa para estabelecer uma comunhão íntima
entre o criador e sua criatura. Infelizmente, a humanidade tem escolhido caminhos que afetam essa
comunhão com o Criador, entretanto, ao reconhecer seu estado de pecado, o homem
poderá através de Jesus Cristo reconciliar-se com Deus. Gn 3.9; Rm 5.11
1. A Dispensação
Dispensação é o período que o homem é
experimentado em relação à sua obediência a vontade tanto permissiva como
diretiva de Deus. Sabemos que Deus criou o
homem e a mulher debaixo da “dispensação
da inocência”, ainda que adultos nos seus entendimentos não existissem
malícia, não havia despertado a concepção do “eu”, eram como crianças. Após a queda, o pecado contra Deus, eles,
agora saem da proteção desta dispensação e entram para a “dispensação da consciência”, conhecendo o bem e o mal. Gn 2.25
1.1 – Dispensação da Inocência
Foi
procedida pela criação. A dispensação se chama “da Inocência”, porque Adão e Eva eram inocentes, não conhecia o
pecado. Reflete o estado original em que o homem foi criado. O
homem foi colocado em um ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples e
advertido das consequências da desobediência. A mulher caiu sob a tentação,
levando o seu marido, Adão a uma condição lamentável. Deus restaurou as suas
criaturas pecaminosas, mas a “dispensação da inocência” terminou com o
julgamento e a expulsão do casal. Gn 2. 15-17; 3.5
1.2 – Dispensação da Consciência
Com a queda, Adão e Eva adquiriram o conhecimento
do bem e o mal. Trocaram sua
inocência por uma consciência acusadora. Por sua experiência na dispensação da
inocência aprenderam a diferença entre o bem e o mal. Agora a sua consciência
livre feito à semelhança de Deus foi deixado em liberdade para obedecê-lo. Isto
proporcionou à sua consciência uma boa base para um julgamento moral e correto
colocando sob seus ombros a seguinte responsabilidade; fazer o bem e evitar o
mal. O resultado desta dispensação trouxe o caos e corrompeu toda a terra.
Assim com Deus lançou juízo sobre Adão no Éden, Deus novamente lança juízo sobre
a terra. O Dilúvio. Gn 3.7,22; 6.5-12, 7.11,23
2. O que é Reconciliação
Seu significado etimológico é mudança, mas o uso
sempre inclui a união de duas ou mais partes pela renovação de bases ou causas
de desarmonia. No grego, o verbo "reconciliar"
(katallassō, do substantivo katallagē,
que significa reconciliação) sugere a ideia de trocar, mudar. Neste caso
específico, a inimizade está sendo trocada por relações pacíficas. Esta
expressão diz respeito ao reajuntamento das pessoas que estavam separadas,
assim como um pai e um filho que se separam por divergências familiares. Para
que a relação seja restabelecida, é necessário remover os fatores que
ocasionaram a inimizade. Na relação rompida entre Deus e a humanidade, a
remoção dos elementos que impediam a sua restauração foi realizada pela
expiação. A reconciliação é
necessária para por fim à inimizade existente. A doutrina da reconciliação está
relacionada com a restauração da comunhão entre o homem pecador e Deus, o Santo
Criador, através de Jesus Cristo, o Redentor. Por causa de suas más ações, o
homem é declarado inimigo de Deus. II Co 5.18-20; Ef 2.16
2.1 – Base da Reconciliação
A morte de Jesus Cristo na cruz proporcionou a
reconciliação entre o homem e Deus. Jesus Cristo na cruz responsabilizou-se
pelos pecados do mundo inteiro. O fato da obra de Jesus Cristo ter garantido a
provisão para a reconciliação, não significa que todos os homens estejam bem
com Deus. O processo de reconciliação não depende somente da obra do Medidor,
mas da disposição do homem de se reconciliar com Deus. O que resta ao homem é
aceitar provisão divina, restaurando a comunhão com Deus através do sacrifício
reconciliador proporcionado por Jesus Cristo. Cl 1.20-23; Rm 5.10; Gl 3. 13,14
2.2 – Oferta da
Reconciliação
Em sua segunda
Epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo nos ensina sobre o “Ministério da Reconciliação”. É uma
questão muito bem discutida quando se analisa o conteúdo das mensagens de Paulo.
“Se alguém está em Cristo, nova criatura é; Tudo isto provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da
reconciliação”. Toda pessoa reconciliada com Deus tem o ministério da
reconciliação. Antes éramos inimigos de Deus, estávamos perdidos e desgarrados,
mas agora reconciliado com Deus, buscamos os perdidos, os ferido e os
desgarrados.
Agora, somos instrumentos de reconciliação. II Co
5.11-21
3. O Autor da
Reconciliação
Veja que interessante! No
processo da reconciliação não é o homem caído que toma a iniciativa, mas sim a
parte ofendida “Deus” que toma a
iniciativa. Deus poderia ter nos tratado como tratou os anjos rebeldes,
mantendo-os em estado de perdição eterna. Através do seu amor eterno e
incessante por nós, Deus nos providenciou um caminho de volta para Ele. “Eu amei com amor eterno; com amor leal a
atraí”. Jr 31.3
3.1 – A Reconciliação é iniciativa e obra de Deus
A Bíblia Sagrada ensina que a obra redentora de
Jesus Cristo foi suficiente para redenção de toda a humanidade. Através de seu
sacrifício perfeito, bilhões de vidas miseráveis e pecaminosas foram
representadas em Jesus Cristo, e os seus pecados foram perdoados. Apesar das
diversas promessas bíblicas, mostram que Jesus Cristo morreu pelo mundo
inteiro. Contudo, Ele não pode salvar nenhum pecador que se recuse a crer na
obra redentora realizada por Jesus Cristo no Calvário e ser reconciliado com
Deus. Toda a nossa salvação é iniciativa e obra de Deus. II Co 5.18; Rm 8.28
3.2 – Preço da Reconciliação
O preço da reconciliação foi muito alto. Vejamos: Jesus no Getsêmani
disse: “A minha alma está profundamente
triste, numa tristeza mortal”. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com
o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for
possível, afasta de mim este cálice”. Naquele momento Ele sentiu o peso dos
nossos pecados sobre os seus ombros. Não havia outro meio de sermos
reconciliados com Deus. Jesus Cristo pelo seu sangue vertido ali na cruz
proporcionou a nossa reconciliação. Quando
Deus criou o Universo, Ele falou e tudo se fez. Quando Deus criou o homem, Ele
formou o homem do pó da terra e o fez a sua imagem e semelhança, soprando em
suas narinas o fôlego da vida. Deus quando reconciliou consigo o homem, Ele na
pessoa do seu Filho Jesus Cristo esvaziou-se, assumiu a forma humana, chorou,
sofreu, foi humilhado, escarnecido e morreu na cruz para nos reconciliar com
Deus. Mt 26.38,39; Rm 8.32
4. O Agente da Reconciliação
Deus não pode fazer vistas grossas ao pecado – A justiça violada precisa
ser satisfeita. A alma que pecar, essa morrerá. Deus não inocentará o culpado. Max Lucado declara que “por meio de Jesus Cristo, nosso passado foi
perdoado e nosso futuro está garantido”. Mediante as palavras deste célebre
escritor posso afirmar que por meio de Jesus Cristo, fomos reconciliados com
Deus, nossa relação foi restabelecida. Portanto Jesus Cristo é a ponte que nos
liga a Deus, é o único mediador, é o “Agente
da Reconciliação” entre Deus e o homem. I Tm 2.5; Hb 12.24
4.1 – Cruz o ponto de reconciliação com Deus
A cruz de Cristo foi o
preço que Deus pagou para nos reconciliar consigo. A cruz é o lugar onde o amor
e a justiça de Deus se encontrou. A justiça exigia a penalidade de morte pelo
pecado, e Seu amor o perdão através do Seu próprio sacrifício para aniquilar o
pecado. O Seu amor satisfez as Suas próprias exigências, enviando o seu Filho
Unigênito, para morrer em nosso lugar. I
Co 1.17; Gl 6.14; Cl 2.15
4.2 – A
Necessidade da Reconciliação
Em seu
sentido mais amplo reconciliação é a restauração da comunhão entre o homem
caído e Deus ofendido. “Pois todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. O pecado foi o maior
desastre que aconteceu na história da humanidade. O pecado provocou um abismo
espiritual, separou o homem de Deus; provocou um abismo social, separou o homem
do seu próximo; provocou um abismo psicológico, separou o homem de si mesmo. O
homem é um ser em guerra com Deus, consigo e com o seu próximo. O substantivo
grego para reconciliação é “katallagē”, cujo
sentido é “cessação de inimizade”. A
ideia é que duas partes eram inimigas entre si, e agora são amigas. Deus e o
homem, antes inimigos por causa da desobediência, mas agora se tornaram amigos
na pessoa de Jesus Cristo. “Tudo isso é
feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em amigo
dele”. Cristo morreu para levar nossos pecados, portanto não há mais
motivos para continuarmos inimigos de Deus. Somos chamados a sermos amigos de
Deus. Pense nisto! Rm 3.23; II Co 5.18
Conclusão
Que gratidão advém àquele que, desgarrado como
estava já foi reconciliado com Deus. Agora como criaturas reconciliadas por
meio de Jesus Cristo, recebemos o ministério da reconciliação. Estávamos
separados de Deus por causa do pecado, considerados inimigos dEle, porque Ele é
Santo. Fomos nós que criamos esta inimizade e Deus por amor tomou medidas para
acabar com essa inimizade, a cruz. Em Jesus, Deus nos chama à reconciliação e
novamente oferece sua amizade. A Bíblia
ensina que “pois todos pecaram e estão
destituídos da glória de Deus” e que o homem é incapaz de salvar-se e de ir
para o céu pela própria força, justiça e bondade. Deus proveu a salvação de
maneira que a paz e a justiça fossem restauradas. No Jardim do Éden, Deus nos
deu a ilustração de um cordeiro expiatório, que simbolizava o verdadeiro
Cordeiro de Deus, o único que podia remover o pecado. Rm 3.23; Jo 1.14
Questionário
1. Quem é
Deus?
R:. A melhor definição encontrada é: “Deus é Espírito,
infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça,
bondade e verdade”.
2. Deus
existe. Por quê?
R:. Sim. Deus é garantia racional, lógica do Universo. Sem
Ele, o Universo não existiria. Todas as
coisas foram criadas por Ele,
para Ele, e para a Sua glória.
3. Como Deus
tornou-se conhecido?
R:. Mediante o seu ato de criar e de sustentar tudo
quanto existe. Ele dá vida, alento, alimento e alegria.
4. A Bíblia
prova a existência de Deus?
R:. Sim.
5. Onde
achamos evidências da existência de Deus?
R:. Na criação, na natureza humana e na história humana.
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