Texto: Lucas 15. 11-32
Lucas faz uma transição descontraída
da segunda para a terceira parábola com a expressão: “Jesus continuou”.
Independente das duas primeiras parábolas, a terceira não interrompe a
continuidade, ou seja, todas foram ditas pela a mesma pessoa.
Segundo
alguns comentaristas referem-se a esta parábola como a “melhor de todas as
pequenas narrativa jamais escrita”, a mais esplendida, certamente está entre a
mais querida de todas elas. O coração humano corresponde à mensagem do amor
perdoador que Deus tem para os pecadores, conforme é tão claramente exposto no
texto.
O
duplo propósito dessa parábola, que permanece única, elevando acima de todas as
obras humanas, antigas ou modernas, em magnificência e beleza, sinalizando nos
primeiros versos o amor e a compaixão de Cristo pelos pecadores e a sua
repreensão aos fariseus e escribas pela censura aos pecadores.
Jesus
sabia como tocar as cordas do coração, os publicanos e os pecadores chegando
até Jesus para ouvir e Jesus assenta com eles para comer, enquanto os Escribas
e os Fariseus murmuram, os anjos regozijam-se com o arrependimento dos
pecadores.
E
Jesus começa a falar com eles, contando parábolas, mostrando que estão em
desarmonia com o Céu,
Quero comentar com os irmãos sobre a parábola do Filho Pródigo. Jesus ensina verdade importante, expressão incomparável da paciência e
generosidade com as quais o amor humano tolera e triunfa sobre a obstinação e
loucuras humanas.
Comentário.
Quando
olhamos de forma mais ampla, descobrimos que a parábola possui dois níveis:
1. O Pecador Arrependido
Recebe a Benção. (Lucas 15: 11 – 24)
2. O Homem que se considera
justo perde a Benção. (Lucas 15: 25 – 32)
1.
O pecado. Certo homem tinha dois filhos, e o mais moço pediu ao pai à parte que
lhe cabia dos bens, ou seja, pediu a herança paterna. Vejamos o pedido que ele
fez com relação à porção dos bens do pai, e sabia que lhe pertencia por causa
da lei. (Dt.
21:17) De acordo com essa determinação judaica sobre a herança, se
houvesse apenas dois filhos, o mais velho receberia duas porções e o mais moço
um terço de todos os bens móveis. Então um homem podia antes de morrer
distribuir dádivas, conceder tudo o que possuísse se assim quisesse. Na
parábola, o filho mais moço possui o direito legal à sua parte, embora não
pudesse reclamá-la enquanto o seu pai vivesse assim o pedido do filho deveria
ser visto como um favor ao qual o pai que lhe concedeu.
Ao desejar
uma falsa independência, o filho mais moço pegou a sua porção e partiu para uma
terra distante. Vê-se por este pedido que os laços familiares já não faziam
mais sentido no coração do jovem, o amor esfriara. Espiritualmente desejou
viver longe do Pai (Deus) e planejar a sua vida de acordo com sua própria
vontade, talvez cansado da provisão divina, pensava encontrar em si mesmo
benções maiores e melhores. Este é o retrato do pecado, o querer impor a
própria vontade raiz dos demais pecados.
O Pai
concedeu-lhe o pedido, concluindo que não adiantaria reter, ou seja, manter o
filho ali cujo coração já se distanciara do lar paternal, deixando que o filho
por si só descobrisse a loucura de seu pedido.
Assim Deus
trata conosco, se nós não queremos servir de todo o coração, pensando em tirar
proveito longe da casa paternal, Deus permite fazer a prova, tudo o que o jovem
insatisfeito queria e fazer era encher o seu estomago e viver para satisfazer
os seus desejos carnais e sensuais, desperdiçando as suas bênçãos dissolutamente.
Vivemos na casa de Deus, e muitas vezes não damos valor na benção que
diariamente recebemos do Senhor, queremos ir para longe comer bolotas que o
pecado nos oferece, vivendo dissolutamente no pecado.
Passou-se
certo tempo até deixar a casa do pai. Antes de alguém agir como desviado, já
possui um coração desviado. O Coração do Filho Pródigo levara-o para longe da
vontade e os propósitos do Pai. O Coração separado de Deus leva o homem à
loucura, a ações ímpias.
“Ajuntado tudo”. Certamente tudo que
aquele jovem recebera como heranças foram transformadas em dinheiro ou joias.
Da mesma forma, o pecador ajunta todas as suas energias e poderes para extrair
do mundo tudo o que puder. Em pleno vigor físico, pelo cuidado do Pai,
endinheirado, ele levou tudo nada deixou ali para eu servisse de âncora para
trazê-lo de volta no decorrer do tempo. Assim somos nós quando afastamos da
casa paternal, saímos sem nada deixar para traz, para nunca voltar, ignorando
tudo e a todos. É fácil abandonar a casa quando tudo vai bem, com dinheiro no
bolso, uma bela casa, um belo carro, em plena saúde, ou seja, usamos as benções
que Deus concedeu e aplicamos nos desejos carnais em coisas que não agrada a
Deus.
“Terra Distante” é a esfera aonde não há
comunhão com Deus, onde vivem os que deliberadamente se afastam de Deus. (Gn. 3.23) Ex. Adão
Estão afastados de Deus, não pela distância, mas sim pelo sentimento.
3.
A Fome. Duas desgraças o feriram simultaneamente – esgotaram seus recursos, ali
desperdiçou a sua herança, por um tempo, gostou da emoção da independência, de
ser o seu próprio chefe, da exaltação de dias felizes e noites brilhantes com
seus amigos. A apostasia transforma-se em loucura de gastar. Pagou um alto
preço – Desperdiçou a sua herança. Viver para o próprio-eu é desgastante: gasta
os talentos, enfraquece a vontade, destrói as oportunidades e quebranta o
corpo. Não é necessária vasta experiência para saber que quando o capital é
gasto sem nada render, finalmente acaba sendo dissipado. Com a perda de tudo
que tinha, veio também a perda dos suposto amigos, porque ninguém lhe dava
nada, ele gastara muito com eles, mas os amigos os abandonaram quando ele se
encontrava na mais terrível necessidade.
E sobreveio àquele país uma grande fome, a fome não era a sua culpa, mas a
primeira era inteiramente sua culpa, a comida estava em falta, como consequência
o jovem começou a passar necessidade. Reduzido à pobreza, o jovem desejou
voltar ao lar. Mas seu coração orgulhoso, ele preferiu insistir no seu péssimo
caminho: “E foi, e chegou a um dos
cidadãos daquela terra” tão grande era a sua necessidade, que ele, judeu
orgulhoso, implorou a um gentio que lhe desse emprego. Na sua liberdade pensava
ser o dono do mundo, agora se descobre escravo, foi forçado a trabalhar no chiqueiro
de porcos. Os Judeus que ouviam a Jesus estremeceram com a “expressão
apascentarem porcos”, porque para eles não existia humilhação maior do que essa
existe um ditado rabínico que diz: “Maldito o homem que cria porco”. Os porcos
eram imundos.
(Lv. 11:7) O jovem por render-se aos seus apetites desenfreados, o
pródigo foi levado a um estado tão humilhante que satisfaria a sua fome,
comendo cascas e vagens que alimentavam os porcos.
Como
ficam humilhados os homens e mulheres, quando se identificam com apetites
animalescos e alimentam-se do lixo, da escoria, do resto do mundo.
Alguns
escritores fazem à conjectura que, visto que não lhe dava nada, deve ter
furtado para manter-se vivo se assim fosse, estava afundado na degradação moral
bem como a física. A expressão “Ninguém lhe dava nada”, demonstra a baixa
estima em que àquele jovem caíra. Os porcos eram mais valiosos do que ele.
4.
Arrependimento. Próximo de morrer de fome, o jovem pensou em
casa, com todo conforto e sua dispensa repleta, sendo desfrutada não só pelo
seu pai e irmão, mas também pelos jornaleiros de seu pai, contrastando com a
sua condição de extrema dificuldade levou-o a refletir. A miséria mexeu com a
razão. Por mais deplorável que fosse a sua condição, havia esperança. Estava
longe do Pai (Deus), mas o Pai (Deus) não esta longe dele. Por consequência de
seu próprio pecado, sobreviera-lhe a desgraça, mas esta era, ao mesmo tempo,
uma expressão do amor divino. Deus tornou-lhe amargo o caminho a fim de levá-lo
a abandonar o erro.
“E tornando a si”. O homem distanciado de Deus não vive sua verdadeira personalidade. O
Pecado é um tipo de loucura espiritual que leva a pessoa a abandonar o que há
de mais nobre em nossa natureza, a pessoa afastada de Deus vive de forma
contrária à natureza, pois não fomos feitos para viver sobre o jugo do pecado.
“Disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm
abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!”. A bela imagem revela-se no quarto escuro. Na escuridão do doloroso
isolamento, veio à mente do Filho Pródigo a visão do lar e do conforto que
“tolamente abandonara”. A prática do pecado não é a pátria da alma, e a
perturbação e insatisfação dos maus nada mais é que o anseio do coração pelo
Lar.
“Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e
dir-lhe-ei: Pai pequei contra o céu e perante ti; já não sou digno de ser
chamado seu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros”. A expressão “Levantar-me-ei” sugere ressurreição espiritual, ele
estava morto em delitos e pecados, mas agora se levanta, inspirado pelo desejo
de procurar o pai amoroso e o lar confortável. Reconhecia que perdera todo o
direito de ser tratado como um filho, e apenas esperava a possibilidade de ser
como os jornaleiros assalariados de seu pai, então ele pediria trabalho, pelos
menos receberia então salário para o seu sustento. Assim como ajuntara tudo para viajar aquela
terra distante, agora reúne suas forças para deixá-las e voltar. A Salvação
começa quando ele se volta à casa paternal.
5.
A Volta. “E se levantado foi para seu pai” Após preparar o seu pedido, ele se
levantou e foi até o pai, que estava preparado para o momento em que o seu
filho pródigo voltasse, pois “quando
ainda estava longe, viu-o pai”, o que parece mostrar que ele viu o filho
ante que este contemplasse. Que toque precioso Jesus deu a narrativa, quando
disse que o pai entusiasmado correu ao para encontrar-se com o seu filho
faminto, todo esfarrapado e com os pés doloridos! Moveu-se de íntima compaixão.
O filho estava tão cansado que não podia correr, mas seu pai já idoso
esqueceu-se de sua idade e dignidade e correu para encontrar-se com o filho
errante. Deus em seu desejo ardente de dar boas vindas ao pecador arrependido
que retorna a ele adianta-se mais da metade do caminho para encontrar-se com
ele.
O
filho pródigo não teve condições de expressar todo pedido que havia preparado,
quando encontrou com seu pai, os beijos de seu pai sufocaram os lábios do filho
que estava de volta ao lar, e para o seu pai aquilo era tudo que importava. O
pai tinha muitas vezes olhado ao longo da estrada, na esperança de encontrar o
seu filho novamente, e agora a sua explosão de compaixão e a manifestação
transbordante de alegria do abraço paternal, prova do seu amor que nunca se
extinguira pelo filho perdido.
Assim também Deus aguarda a volta do pecador, velando sobre os
primeiros sinais de arrependimento. (Tg. 4:8) Deus da 100 passos em resposta de um
único passo do arrependido. “Pai, pequei
contra o céu e perante ti”. A realidade de o arrependimento esta no
reconhecer a raiz do pecado como transgressão da lei de Deus. (Sl. 51:4)
“Já não sou digo de ser chamado teu filho”. O pecador comprova-se digno de perdão ao confessar a sua dignidade.
Feliz
com a sua volta promoveram alegre celebração. Os detalhes mencionados são
sinais de afeição e honra entre os orientais, e ensinam-nos as seguintes
lições: Deus receberá o arrependido com alegria e, ao invés de lançar-lhe em
rosto as suas culpas, honrá-lo-á com o melhor de sua benção.
Gostaria
de ver esta parábola terminada no verso 24, mas alguém tinha de queixar-se. O
Mestre faz uma sutil alusão aos fariseus e escribas, que murmuravam do seu
interesse pelos pecadores. Grande é a diferença entre o coração amoroso de Deus
e o coração mesquinho do homem.
O
Homem que se Considera Justo Perde a Benção.
(Lucas 15.25 – 32)
Alegria dos
que estavam em casa, que simboliza os sinais externos de alegria no coração dos
filhos de Deus quando os pecadores são Salvos, despertou a curiosidade do irmão
mais velho que volta do campo. Essa última imagem que Jesus acrescentou aqui
foi dirigida contra os escribas e fariseus, os ritualistas de coração frio que
criticam a simpatia do Filho de Deus pelos pecadores. Os lideres religiosos da
nação não tinham compaixão divina para com os pecadores arrependidos. Os dois
filhos mencionados no início da parábola reaparecem em cena com grande
diferença de caráter. Na harmonia da comemoração cheia de jubilo, que acontecia
na casa por causa de um ente querido que fora restaurado à virtude, ao lar e às
bênçãos, surge o rugir da discórdia, causada pelo ranger de um orgulho e inveja
diabólicos. Poderíamos até sentir que um final amargo não deveria ter integrado
uma narrativa tão doce.
Esta
narrativa do filho pródigo começa quando o mais moço longe de casa, e o mais
velho presente em casa, embora ele nunca estivesse em casa, mas termina com o
mais moço em casa e o mais velho recusando-se a entrar em casa. Nesta narrativa
podemos dizer na verdade, que o mais velho era tão pródigo quanto ao seu irmão.
O filho mais
moço voltou de uma terra distante para o coração e o lar de um pai, enquanto o
mais velho partiu para uma terra distante do estar satisfeito consigo mesmo e
do ressentimento mal-humorado.
O
filho mais velho era:
1.
Desamável. Enquanto o filho mais moço dissipava a sua herança, o mais velho
trabalhava fielmente. Voltando para casa, após mais um dia de trabalho, foi
surpreendido com o som da festa: “E,
chamando um dos servos, perguntou-lhe o que era aquilo”. Não entrou de
imediato, nem entendeu que seu pai deveria ter bons motivos para fazer aquela
festa. Por estranho que pareça, “se
indignou e não queria entrar”, e nem seu pai consegui aplacar sua ira.
Também assim
fazemos nós, crentes moralmente bons, mas que se recusaram a entrar, quando
João Batista e Jesus proclamaram o Reino, pensava não precisar de
arrependimento, por evitarem os pecados grosseiros da carne. Não percebiam que
eram culpados de pecados do espírito. Não somente recusaram a entrar como
também procuravam conservar as outras pessoas de fora. (Mt. 23:13; At.13:45)
2.
Sem amor. O filho mais velho, na narrativa do texto,
ele evita a palavra “pai”. E não
diz: “Meu irmão”, mas sim: “Teu filho”. Não ama ao pai nem ao
irmão. Procura chamar a atenção para a sua própria bondade, fazendo do irmão um
pano de fundo escuro para suas virtudes. (Lc. 18:11)
O filho mais
velho tinha consciência da sua própria retidão. Estava completamente justo aos
seus próprios olhos. Via-se sempre como filho-padrão. Mas nunca realmente
entendera o significado ser um filho, e talvez por isso nunca entendesse o que
significava ser pai. Não podia entender por que o seu pai ficou tão cheio de
alegria com a volta do filho. Queixou-se que o pai nunca lhe deu um cabrito
para festa com os amigos. Os orgulhosos sempre são justos, e sempre sentem que
não é tratado como merecem. Não podem referir ao seu irmão como irmão, mas sim
como este teu filho. Graças ao nosso bom Deus que Ele nos trata com seu filho.
3.
Ingrato. O pai não queria estragar a felicidade da
ocasião, mas num gesto carinhoso, tenta explicar ao filho descontente.
Primeiro, adverte-o, de modo indireto, que esta caindo no mesmo erro do seu
irmão, pedindo sua parte nos bens: “Filho,
tu sempre estás comigo; e todas as minhas coisas são tuas”. Era ingrato ou
pela convivência com o pai ou pelos suprimentos diários. Nos versos 31 e 32,
podemos assim traduzir as palavras do pai: “Filho,
estamos unidos pelo convívio e por nossas posses. Unamo-nos agora, na alegria
redentora, regozijando-nos por ter ser irmão arrependido de sua loucura”.
Todos os
excessos que o filho pródigo cometeu, não lhe fecharão a entrada do céu; mas
todas as virtudes do irmão mais velho não poderão fazê-lo entrar no céu, pois
ele acalentou o orgulho no seu coração, e escarneceu de seu pai, por
negligenciar o seu valor.
Conclusão.
Essa parábola
ensina claramente que o Salvador Jesus chama pecadores, e não os que a si mesmo
se consideram justos, ao arrependimento, embora esses precisem tanto como
aqueles, se não mais. Resumindo as lições importantes da Parábola do Filho Pródigo, te faço uma pergunta neste instante: O que
tens feito para ganhar os filhos pródigos e os desviados de Deus?
Nesta
narrativa, vemos no termo Pai o perdoador, o nosso Pai Celestial cujo amor é
mais vasto do que a mente humana possa medir. Vemos aqui a imagem mais bela e
atraente de um Deus perdoador, jamais desenhada na terra. O evangelho que temos
a pregar é a mensagem que fala de um Deus que ama e está ansioso para perdoar
completamente e restaurar pecadores à comunhão consigo mesmo e trazer os filhos
pródigos da posição de humilhante em que se encontram e coloca-los entre os
príncipes.
Nesta
narrativa, vemos o filho pródigo, aquele que rejeitou o amor de um pai e
desperdiçou os bens que lhes foram dados por Deus, numa vida rebelde. Não é
preciso que as pessoas se vistam com trapos para ser classificado com pródigos.
Tivessem alguém conversado com o filho pródigo enquanto ele alimentava os
porcos, descobriria pela sua maneira de falar, que ele pertenceria a um bom
lar, e naturalmente perguntaríamos: Como você chegou a esta condição?
O Filho
Pródigo representa o ser humano, feito a imagem e semelhança de Deus e
degradado pelo pecado. A parábola não é somente a representação de um
individuo, mas de toda a humanidade. O mundo desgarrou-se de Deus, e está
sofrendo as consequências. Cristo veio restaurar a humanidade. Podemos
encontrar dentro de nossas igrejas, crentes com uma bela situação financeira,
uma bela posição no púlpito, mas cujos corações e caminhos estão entres a
carnalidade vulgar, desprezando os pecadores como os escribas e fariseus,
murmurando de Jesus, porque este com seu amor sublime assentam a mesa para
comer com eles, os pecadores e os ensinarem a ter uma vida correta perante o
nosso Pai Celestial. Para Deus os que se consideram justos estão tão perdidos
quantos aos maiores dissolutos desse mundo.
Nesta
narrativa, vemos o filho mais velho, representa os Escribas e os Fariseus, os
crentes velhos de igreja, cheios de razão e sem amor, que se ressentiram do
interesse de Cristo “O Pastor” pelos
os pecadores; os que, na igreja primitiva, olhavam com desconfiança a admissão
dos gentios. Temos um exemplo bem clássico na Bíblia; quando Paulo se converte,
muito dos discípulos temiam e não acreditavam que fosse discípulo, muitos não
acreditavam na sua chamada, mas o Deus perdoador honrou Paulo em seu
ministério.
Em nosso
próprio meio os irmãos mais velhos são os que, em sua presunção, acham que são
suficientemente bons para entrar na casa do Pai, e não tem necessidade de serem
achados ou de reviverem. Para eles as atividades, no sentido de ganhar almas,
são muito desagradáveis, e não percebem que toda a sua justiça própria não é
nada mais de que trapos de imundícias
de um pródigo aos olhos de Deus.
É fácil criticar os outros quando cometem
pecados pelos os quais não sentimos tentação, e
nada mais há de especialmente heroico em viver conforme as normas da sociedade.
O verdadeiro Santo, medindo a si mesmo conforme o padrão de Deus reconhece suas
imperfeições e tem compaixão dos que transgridam.
Para
concluirmos, o espírito sem amor exclui a benção. Ele se indignou e não queria
entrar. O irmão mais velho representa aqueles que não querem entrar na benção,
sabe por quê:
Em primeiro lugar não podia entender a
atitude do pai, embora honrasse. Teria entendido se tivesse entrado na casa e
confiado no pai. Muitas pessoas se excluem das bênçãos espirituais porque
esbarram em coisas que não entendem. Porem, se confiamos em Deus, logo as
entenderiam.
Em segundo lugar, estava zangado com o
irmão, e nada nos separa de Deus tão rapidamente como o ódio. (Mt. 5:21-26)
Em terceiro lugar, confiou em relatórios
de terceiros. Ao invés de depender de informações de empregados, deveria ter
entrado para ver por si mesmo. Talvez uma olhada no seu irmão o comovesse. O
empregado contou-lhe a verdade, mas talvez em um tom de voz que o tenha
irritado. Muitas pessoas perdem a verdade e a benção por preferirem ouvir
outros ao invés de olharem por si mesmos.
O preconceito
pode tirar da pessoa o que ela mais precisa. Como ele ficou triste, enquanto os
outros alegravam. Finalmente, perdeu a oportunidade de dar felicidade a outros.
Receber
Cristo no coração é o antídoto ao espírito sem amor.
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