quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Guia para um avivamento pessoal

Introdução.

Jonathan Edwards, pastor congregacional norte-americano, foi o mais destacado teólogo e erudito da Nova Inglaterra, no período do século XVIII. Em 1727 foi ordenado e empossado pastor assistente da igreja de seu avô, Salomon Stoddart faleceu em 1729, então Edwards tornou-se o pastor efetivo da igreja.

Em 1734 o reavivamento religioso, parte do Grande Despertamento, chegou à sua igreja. Seu famoso sermão “Pecadores nas Mãos de um Deus Irado” proferido em 1741 durante esse reavivamento.

Ao ler algumas das pregações destes homens, talvez não sintamos hoje o mesmo efeito que causavam nos seus ouvintes quando foram pregadas originalmente. Segundo um relato, uma das mensagens do pai de Jonathan Edwards continha nada menos que 66 pontos!

Qual a explicação, então, para a fantástica reação emocional que ocorreu durante a pregação de Pecadores nas Mãos de um Deus Irado? Na ocasião, havia pessoas gritando e gemendo, sentindo quase que literalmente as chamas do inferno, caindo no chão, desmaiando, incomodadas e extremamente angustiadas enquanto não encontrassem paz com Deus. A cena era como se um furacão tivesse passado no meio de uma floresta. Durante toda a noite seguinte, a convicção de pecados continuou nos lares, onde pessoas buscavam um verdadeiro encontro com Deus. Era como se o dia do Senhor já tivesse chegado.

Em 1746, Edwards publicou uma série de sermões sobre 1 Pedro 1:8, no qual argumentou que o “Cristianismo verdadeiro não se evidencia pela quantidade ou intensidade das emoções religiosas, mas por um coração transformado que ama a Deus e busca o seu prazer”. Ela faz uma análise rigorosa das diferenças entre a religiosidade carnal, que produz muita comoção, e verdadeira espiritualidade, que toca o coração com a visão da excelência de Deus.

·Nos seus escritos, Jonathan Edwards avaliou a experiência religiosa à luz das Escrituras e das suas convicções reformadas. O ponto de partida da sua pregação e da sua teologia foi o Deus soberano, em sua majestade, graça e glória. Esse Deus criou o universo e o ser humano para manifestar a sua grandeza e o seu amor. A majestade e a graça de Deus também se revelam de modo supremo no envio de Cristo para redimir os pecadores.

· Nenhum avivamento ou experiência religiosa é genuína se não realçar esse Deus sublime em sua soberania, graça e amor. O critério principal é este: se quem está no centro das atenções é Deus ou o ser humano. Para que Deus esteja no centro é necessário, em primeiro lugar, que haja nos corações um profundo senso de incapacidade, de dependência de Deus, e de convicção da nossa pecaminosidade. Além disso, é preciso que haja a consciência de que toda genuína experiência religiosa é fruto da atuação do Espírito de Deus, que transforma e santifica os pecadores, capacitando-os a amar e honrar a Deus em suas vidas.

·Portanto, todas as teorias de salvação que dão ênfase às obras humanas ou à capacidade humana só desmerecem a grandeza do amor de Deus revelado a nós em Cristo Jesus e tornado real em nossos corações somente pela iluminação do Espírito Santo.

Edwards crê na necessidade de transformação do ser humano. A moralidade externa não é suficiente, daí a importância da conversão. Por outro lado, para aqueles que já são crentes, uma fé simplesmente racional ou intelectual não basta. É preciso que a pessoa se aproxime de Deus não só com o entendimento, mas com os sentimentos. Cabeça e coração (luz e calor) devem funcionar juntos na vida conduzida pelo Espírito.

Guia para um avivamento pessoal.

Hc. 1.5. "Vede entre as nações e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos: porque realizo em vossos dias  uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada”.

Hc. 3.2. “Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica: na ira, lembra-te da misericórdia”.

2 Cr. 7. 14. “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”.

Jl. 3.28.“E depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne,...”

Sl. 119. 25.“... Vivifica-me segundo a tua palavra".

Sl. 1. 3.“Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará".

João 7.38-39.“Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.  Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.”

Atos 1.8.“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”.

Atos 2.4.“Todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”.

Comentário.

A igreja precisa continuar buscando uma vida sob a inteira direção do Espírito do Senhor. O avivamento é esse espírito de dinamismo que permite à igreja renovar suas forças e disposição dia-a-dia. Mas, como pode a igreja ir bem se, muitas vezes, os crentes, individualmente vivem longe dos propósitos de Deus? Para que haja um avivamento geral, é necessário buscar, antes de tudo, um avivamento pessoal.

1- Avivamento: consequência do retorno à Palavra.

“... Vivifica-me segundo a tua palavra’", Sl 119: 25.

Todo movimento de renovação espiritual sempre esteve intimamente ligado tanto à oração como à leitura e estudo das Escrituras. Não é autêntico o movimento que se diga de renovação, porém não tenha nascido como resultado da autoridade e diretriz das Escrituras.

A Palavra de Deus é restauradora: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”, Sl 19: 7. Ela age de forma poderosa no coração humano, Jr 23: 29. Nesta lição você irá estudar três diferentes acontecimentos da história de Israel que mostram a relação que existe entre a Palavra de Deus e o avivamento espiritual.

REAVIVAMENTO AO TEMPO DO REI JOSAFÁ.

Josafá foi rei em Judá em c. de 870-845 a.C. Para conhecer mais detalhadamente como foi seu reinado, leia 2 Cr. 17: 1 a 21. Ele se preocupou com a segurança política do seu reino, fortalecendo-o por causa do perigo dos inimigos. Também promoveu uma reforma judiciária, nomeando juízes para todas as grandes cidades do reino, 2 Cr. 19: 5. Com isso deixou a Justiça mais acessível ao povo. Foi um administrador muito hábil.
Além dessa visão de administrador, o rei Josefa passou para a história também como um dos reis de Judá que promoveu reformas religiosas. Ele acabou com a adoração pagã. Sua estratégia para levar o povo a uma verdadeira reforma religiosa foi o ensino da Lei.

Josefa escolheu pessoas competentes e determinou que fossem de cidade em cidade, ensinando ao povo, 2 Cr. 17: 7-9. Como resultado, houve consciência de pecado e abandono da infidelidade.

REAVIVAMENTO AO TEMPO DO REI JOSIAS.

O livro de II Crônicas 34 a 36 narra um dos maiores avivamentos jamais experimentados por Israel. Foi dirigido pelo jovem rei Josias (c. 639-609 a.C.), que assumiu o trono aos 8 anos de idade e morreu, em batalha, aos 39 anos. Aos 16 anos começou sua vida espiritual e aos 20 fez uma purificação geral em todo o reino de Judá.

Josias herdou uma nação cheia de ídolos, templos pagãos e bosques dedicados às falsas divindades: Baal, Milcom, Moloque, Astarote, culto aos astros, etc. O povo de Judá estava totalmente na idolatria. Mas, diante de tais abominações, Josias lutou contra a situação degradante e superou os problemas.

a) O valor da oração. Importante papel no reavivamento ocorrido ao tempo de Josias foi à oração. Ainda jovem, ele começou a buscar ao Senhor, 2 Cr. 34: 3. Consciente da idolatria existente em seu país lutou contra esse pecado e destruiu todos os altares, v. 7.

b) A redescoberta da Palavra. Além da oração, a descoberta do Livro da Lei foi fundamental para a implementação das reformas, 2 Cr 34: 14-18. Ao ouvir a leitura da Palavra do Senhor, o rei humilhou-se diante de Deus, v. 19. Depois, reuniu todo o povo e leu diante da multidão a Lei do Senhor, v. 30. Isso trouxe um grande avivamento espiritual.

O que isso nos ensina? Que sem Palavra não há avivamento. E também nos ensina que pretensos avivamentos que não se fundamentem nas Escrituras na verdade não procedem de Deus.

REAVIVAMENTO AO TEMPO DE NEEMIAS.

Em Neemias 8 está uma das mais belas narrativas bíblicas sobre a relação entre Palavra de Deus e reavivamento. Durante 7 dias, de manhã cedo até ao meio-dia, Esdras e seus auxiliares abriram o livro da Lei, à vista de todo o povo, e davam explicações para que pudessem entender o que se lia, 8: 18. Essa leitura promoveu grande onda de arrependimento, avivamento e uma decisão de obedecerem à Palavra de Deus.

1. Interesse comum desejo de ouvir e entender a Palavra de Deus, reverência e temor, vv. 1, 3, 18.

2. Homens, mulheres, entendidos ou não, compunham a congregação, v. 2. Não havia acepção de pessoas. O alimento da Palavra é para todas as pessoas, pois todos precisamos da bênção de Deus.

3. O exemplo da liderança, v. 4. Esdras fazia a leitura juntamente com seus auxiliares, os levitas e Neemias, que era o governador. A liderança estava à frente do povo e a leitura era feita de um púlpito construído para esta finalidade.

4. Respeito e temor diante da Palavra, v. 5. O povo colocou-se em pé em atitude de reverência a Deus e respeito à Sua Palavra.

5. Houve louvor e adoração a Deus, v. 6, por parte do dirigente Esdras e do povo. A criatura só presta verdadeiro culto a Deus e cresce espiritualmente quando se prostra e adora a Deus.

6. O entendimento claro da Palavra, vv. 7, 8. Os auxiliares de Esdras, Neemias, e os levitas explicavam ao povo o sentido da lei. Traduziam o seu significado para a linguagem inteligível do povo.

7. Resultados da leitura da Palavra, vv. 9 a 12 - A leitura da Bíblia produziu vários resultados. Entre eles: Confissão, arrependimento e renovação do pacto; alegria e contentamento, porque haviam ouvido e entendido a Palavra, ficando em paz com Deus e nutridos espiritualmente.

2- Joel, o profeta do avivamento.

O nome Joel significa “o Senhor é Deus”. É provável que Joel tenha vivido e profetizado em Jerusalém. Teria, assim, em sua mocidade, conhecido Elias e Eliseu. Data provável: 830 anos antes de Cristo, ao tempo do rei Joás.

Joel tem sido chamado de “o profeta do avivamento”. Ele compreendeu que o arrependimento sincero é a base da verdadeira espiritualidade e era para que isto acontecesse com seu povo que ele se esforçava. O conteúdo básico de seu livro é o apelo ao arrependimento. Estudando com interesse suas grandes lições seremos edificados.

A ÉPOCA EM QUE JOEL PREGOU.

Quando o profeta Joel pregou suas mensagens, a situação econômica era desesperadora, em razão de um ataque de gafanhotos sem igual. Ele parte deste fato para alertar o povo para a prática da santificação, do quebrantamento, e de maior submissão ao Senhor, 1: 14 mensagens que tornam o livro muito atual.

Joel também anuncia o dia do Senhor e previne sob a iminência de um ataque militar que viria por parte de uma nação estrangeira e termina o livro com a preciosa mensagem sobre o derramamento do Espírito Santo.

a) A praga dos gafanhotos - Dentre as mais de 80 variedades de gafanhotos, Joel diz que quatro: o cortador, o migrador, o devorador e o destruidor, v. 4, haviam devastado a terra de Israel. O povo calou-se, em sinal de tristeza. Tudo secou e o campo nada produzia.

b) As lições da devastação - A notícia de tal calamidade deveria ser passada de geração a geração, v.3, porque se refere a um tempo de juízo do Senhor em que os prazeres da vida foram retirados e houve um lamento geral. Até os bêbados lamentaram porque os gafanhotos devoraram as videiras, v.5, e não tinham mais o vinho; destroçaram a figueira, arrancando-lhes as cascas, v.7.

Por causa dessa miséria até os jovens choraram, v. 8. Todo cereal se perdeu e os lavradores ficaram envergonhados e desorientados, vv. 10, 11, porque o juízo veio através de um inimigo pequeno, mas em grande número e sábio, Pv 30: 27.

c) Reações à devassidão, 1: 10-14 - Com a destruição das pastagens e das lavouras, até os sacerdotes lamentavam porque não havia nem elementos para os sacrifícios ao Senhor, v. 9. Assim como a calamidade era geral, o pecado também havia devastado todos os domínios da vida. É nessa hora que diz o Senhor: “Lamentai, sacerdotes".

Quando a igreja experimenta flagelo de tal natureza, engolfada em confusões, pecados e enfermidades que devastam famílias após famílias, 1Co. 11: 30-32, o ensino bíblico para resolver tal situação é que ministros e povo retornem ao Senhor com a mesma sinceridade, intensidade, arrependimento e interesses descritos em Jl. 1: 13-14 e 2: 12-17e Dt. 4: 30-31.

II - O DIA DO SENHOR

O profeta descreve esse quadro terrível para preparar as pessoas sobre o que iria falar a respeito do “Dia do Senhor”, v. 15, que também virá como uma assolação. Percebe-se que Joel avista algo por trás dessa praga de gafanhotos; ele enxerga além dela, vê um dia de desolação em toda a terra.

O acontecimento pelo qual o povo chorava no momento era prefiguração de outro dia de juízo: um julgamento a ser derramado nos dias finais deste mundo.

a) Um exército preparado contra Judá, 2: 1-11. Joel anuncia que estava prestes a acontecer uma grande invasão militar. Compara isso a uma devastação pelos gafanhotos que haviam assolado a terra.

Ele pergunta: “Vocês já ouviram, em toda sua vida, em toda história do seu povo, alguma coisa igual?” A resposta ao v. 2 só teria que ser um enfático não!

b) Julgamento final - Joel usa quase todo seu livro para falar sobre o Dia do Senhor, 2: 1, 11, 31; 3: 14; este será o julgamento final de Deus sobre todo mal e também o fim desta era.

Tal dia vai iniciar-se com o arrebatamento da Igreja, 1Ts 4: 15-17; 5: 2; inclui os sete anos de tribulação, que é a última semana de Daniel, 9: 24-27, e culminará com o retorno de Cristo com sua Igreja para reinar sobre a terra, AP 20: 1-6.

c) Um chamado ao arrependimento, 2: 12-17.  A catástrofe que acomete Israel nos tempos de Joel leva a nação, politicamente, ao caos. Mas essa intervenção divina é meramente ilustrativa.

Como o pior ainda está por vir, Deus levanta Joel para inquietar os sacerdotes e exortar o povo ao arrependimento, v. 13, e que este retorne humildemente ao Senhor, não com mãos vazias, mas com sacrifícios de pranto e lamentação genuínos, jejuns e súplicas pelas misericórdias de Deus, v. 12.

Para isso, deveriam proclamar uma assembleia solene, 2: 15-17. Ninguém deveria faltar; nada de desculpas, vv.15 e 16. E os sacerdotes iriam orar com todos, clamando:  “Poupa o teu povo, oh, Senhor”, v. 17.

d) Derramamento do Espírito Santo, 2: 28-32.  Num tempo futuro, marcado pelo advérbio “depois”, v. 28, o Espírito Santo seria derramado sobre toda carne. Examinando Os 3: 5, veremos que essa promessa abrange os últimos dias Israel, iniciando-se com a tribulação e adentrando o reinado do Messias, que vem em seguida.

Compare Is. 2: 2 com At. 2: 17. O tempo é enfático, no v. 29. Deus faz questão de repetir que tal se dará “naqueles dias”.  Ou seja, depois do arrependimento nacional e restauração futura de Israel, Zc. 11: 10; 13: 1.  Eventos que serão simultâneos à Segunda Vinda de Cristo.

Esse “grande e terrível Dia do Senhor" se apresentará com prodígios de Deus na terra e no céu, vv. 30-31. Mas Jerusalém e Sião permanecerão v. 32, e acontecerá depois... que o Espírito Santo será derramado ao remanescente fiel. Note que não haverá qualquer restrição à recepção desse dom: nem diferenças de idade (velhos e jovens), nem de sexo (filhos e filhas), e nem de posição social (servos e servas).

O que aconteceu em At. 2 foi o cumprimento dessa profecia, mas o cumprimento total ainda está por vir: Is 32:  15; 44: 3,4; Ez 36:  27,29; 37: 14; 39: 29. Assim, o estudo do profeta Joel relembra que a Igreja deve viver num permanente clima de avivamento, a fim de fazer a vontade do Senhor.

3-  Guia para um avivamento pessoal.

2 Cr. 7. 14. “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”.

A Presença de Deus.

Esta promessa dada ao rei Salomão, depois da dedicação do templo de Jerusalém, aplica-se ao povo de Deus em qualquer nação e em qualquer época da história. A glória da presença de Deus foi revelada ao povo e aos sacerdotes. Eles adoraram e agradeceram a Deus, seguindo-se sete dias de celebrações. Era um tempo de júbilo. Mas Deus, prevendo o futuro, sabia que a semente do pecado ainda estava nos seus corações. “Quando houver seca, pestes ou pragas disse o senhor, e o meu povo orar, eu ouvirei”.

O Reavivamento tem sido um anseio e um peso nos corações dos crentes em quase todas as gerações. Um desejo ardente para que Deus oriente a humanidade; demonstre o Seu poder, o Seu amor e a Sua santidade; manifeste a Sua presença gloriosa – uma presença que pode ser sentida e que se traduz em arrependimento, adoração e alegria incontida.

Enquanto as nações enfrentam as perspectivas de um conflito global, e de um declínio moral, social e espiritual; enquanto a Igreja enfrenta a sua tarefa num mundo alheio e hostil a nós, como filhos de Deus deveram orar e buscar a Sua face. Arrependamo-nos e cheguemo-nos a Deus, com o propósito de humilde submissão à Sua lei e à Sua autoridade; com um desejo ardente de que Ele nos visite com poder do alto; com uma prontidão e disponibilidade para o Seu serviço. Então, Ele cumprirá a Sua promessa de perdoar e sarar a nossa terra.

Vemos na Palavra do Senhor, que após a edificação do templo, Salomão junto com os sacerdotes estava orando a Deus e eis que a glória do Senhor, a presença de Deus invadiu aquele lugar e como fogo consumiu os holocaustos e sacrifícios, e vendo isto todos que ali estavam se encurvaram e adoraram ao Senhor dizendo: Ele é bom e as suas misericórdias duram para sempre...

Através desta revelação profética de Deus para minha vida quero compartilhar de algo com vcs...

A presença de Deus sobre nossas vidas é muito mais que ir todos os finais de semana na igreja, é muito mais que andar com uma bíblia debaixo dos braços e dizer, ah! Sou “evangélico”.

Nos dias de hoje o evangelho pra muitos tem se tornado moda, status, ah! Sou crente... Ser evangélico é muito mais do que isso, é realmente estar procurando constantemente um concerto com Deus, buscando ter o seu caráter. E Deus nesses últimos tempos tem buscado pessoas dispostas a isso, que não busque apenas suas mãos, mas sim sua face... Deus está à procura de amigos que realmente queiram ser seu amigo...

Ter a presença de Deus sobre nossas vidas é o bem maior que o homem pode ter, é algo mais precioso que nós seres humanos temos na vida. O salmista Davi tinha isso em seu coração... Em Salmos: 27, Ele declara.

1.   “Anelo pela presença de Deus”.

Davi rei de Israel rodeado de riquezas, bens matérias, você pode imaginar ele era rei, homem consagrado, talvez nos dias de hoje tudo que em nossos corações possamos desejar, mas nós vemos nesta palavra que embora ele tivesse tudo isso, algo faltava na vida de Davi.

O ser humano ele pode ter tudo, dinheiro, casa, carro, uma conta bancária alta, sobrenome prestigiado, mas se não tiver Deus sobre tua vida sempre haverá um vazio que somente Jesus poderá preencher. E Davi se sentindo assim ele declara no vers.8:

2.   “Ao meu coração ocorreu, buscai a presença do Senhor, então buscarei a presença de Deus”.

A presença de Deus não se manifesta se primeiro não nos entregarmos a ele... Este desejo ocorreu no coração de Davi, sabe a palavra do Senhor diz que até o desejo de adorá-lo vem dele.
Muitas vezes você que está ouvindo esta palavra acha que isto é impossível, que a presença de Deus se baseia em frequentar uma igreja, você esta enganado; Ter Deus lado a lado conosco é possível sim! Talvez o Deus que você conheça é aquele que você ouviu seus pais, seus avôs dizerem pra você, às histórias que você sabe da Bíblia que ele é Deus de Abraão, Isaque e Jacó... Mas eu tenho uma novidade a você ele quer se tornar o teu Deus... E isto acontece quando você vai de encontro com ele... Vers.: 4. Davi declara:

3.   “Uma coisa peço ao Senhor e a buscarei”.

Está é a palavra chave “buscar” Deus não vai se manifestar se você não o buscar você pode ir a todos os cultos, for dizimista fiel, louvar na casa do Senhor, mas se você não buscar de todo o seu coração e crer, pois diz a palavra de Deus que sem fé é impossível agradar ao Senhor é necessário que todo aquele que se aproxima de Deus creia que ele exista e que é galardoador daqueles que o buscam... Olha mais uma vez esta palavrinha ai “Buscar”, você só vai ter a presença de Deus em sua vida quando você quiser, pois ele não é intrometido, não vai invadir sua vida se você não for atrás dele. Volto em II crônicas 7:14 que diz:

4.   “Se o meu povo que se chama pelo meu nome orar, se humilhar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus perdoarei seus pecados e sararei a sua terra...”

5.   Deus manifesta sua presença quando nós o buscamos, quando eu abro meu coração e me entrego ao Senhor como único e salvador suficiente da minha vida.. Pois a palavra dele diz que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo!

A você que está ouvindo esta palavra peça ao Senhor Deus que coloque teu coração sensível ao Espírito Santo e que está palavra venha ser viva e eficaz sobre tua vida...

Podemos ter tudo, mas conhecer a Deus de uma maneira verdadeira é nossa riqueza maior, podem ter certeza.

I.     Humilhar.

Se humilhar: Este é o reconhecimento que não podemos fazer nada sem Ele, d'Ele é a grandeza, soberania e majestade sobre todas as coisas. A bíblia diz, "humilhai-vos debaixo da potente mão de Deus, pois Ele te exaltará no tempo oportuno". I Pe. 5:6

O fruto da humilhação é a honra e só Deus pode fazer tal obra. Jesus é o modelo daquele que conhece a humilhação, e ainda humilhado pelos homens não abriu a sua boca em defesa própria. Ele é humilhado pelos homens para nos ensinar a nos humilharmos perante Deus. Este caminho o levou a receber do Pai um nome que esta acima de todo o nome. O nome de Jesus é o nome mais poderoso nos céus e na terra. O crente que segue esses passos terá na sua vida o poder de Deus, isso fala de avivamento.

1.      Cristo é o exemplo, - a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz Fp 2:8.
2.      O que se humilha será exaltado, Lc 14:11.
3.      Deus dá graça aos humildes.
4.      Humildade é não ser visto pelos homens.
5.      Falta o menor, I sm 16:11.

II.       Orar – Raro “Oração é a fortaleza do crente e a fraqueza de Deus.”

Orar: A oração muda os céus sobre a nossa cabeça. O sucesso do avivamento está na oração, os elementos da oração são indispensáveis para o êxito: Sinceridade, disposição e quebrantamento.

a. Quebrantamento - Um crente quebrantado terá sempre os céus abertos para entrar na presença do Rei Jesus e o adorar na beleza da sua santidade. Ele tem o entendimento aberto da grandeza do projeto redenção na sua vida, o crente quebrantado atrai o avivamento, esse crente alcançará vitórias em todos os seus empreendimentos, e encontrará refúgio e estará protegido pela fortaleza de Deus. Davi diz: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações". Sl. 46:1.

b. Sinceridade - Expressar sem intenção de enganar; verdadeiro e autêntico. Esta é uma qualidade no reino de Deus que somente um nascido de novo pode expressar. Na oração o crente que busca o verdadeiro avivamento sabe que Deus sabe todas as coisas a seu respeito. Então ele une o seu coração ao coração do Messias que tudo vê e tudo sabe. Ele testifica nos céus e na terra uma completa dependência do Senhor, essa sinceridade o capacitará a ouvir a voz de Deus.

c. Disposição - Na oração precisamos estar disposto há esperar no Senhor. Ouvir um não do Senhor não significa que tudo esta acabado, porém é um sinal de que fomos preservados. É preciso estar dispostos a obedecer, pois a obediência atrai a benção do avivamento, a obediência independe do concordar, a obediência é a ciência da conquista. O crente que busca um verdadeiro e genuíno avivamento caminhará dessa disposição.

A oração não melhora, RESOLVE!

Orações são decretos e proclamações liberadas no reino espiritual.

1. Oração objetiva: Chaley Grandison Finney

2. Oração em três ângulos: Ex 30:35

     a)     Pura – Sai de um coração sem ira e sem contenda
     b)     Santa – Oração em comum acordo familiar
      c)     Temperada com sal – Oração e palavra de Deus.

 Cuidado com os excessos. Procure uma vida equilibrada.

 3.      Oração é a chave para o avivamento.

III.     Buscar – É algo mais intensivo, só busca aquele que de fato necessita.

Buscar - Trata de descobrir, encontrar, de trazer a existência, adquirir.

A busca é precedida por esforço, quando o Senhor fala de buscar esta dizendo: Renúncia e santidade.

Buscar a Deus significa entrar em relacionamento, aliança, pacto, compromisso, voto, é estar ligado permanentemente à videira. O buscar em Deus quer dizer deixar as obras infrutíferas da carne e renunciar a tudo o que é oposto à obra do Espírito. Em Filipenses 4:8, a bíblia diz:

Tudo o que é...
Verdadeiro (que não é fingido).
Respeitável (considerável).
Justo (conforme a justiça divina).
Puro (sem mistura, nem alteração).
Amável (que tem o amor de Deus).
Boa Fama (aquilo que atrai a glória de Deus).

Esses princípios levam o crente à experiência da busca de Deus, e Deus revela a sua intimidade, os seus segredos e os seus tesouros mais escondidos. (Sl. 25:14b)

1.            Buscar o quê? O Senhor.
2.            Buscar quando? Enquanto se pode achar. Hoje!
3.            Por que buscar? Buscai ao Senhor e vivei Am 5:6.
4.            Onde buscar? Em todo o lugar, Jo 4:23,24.

IV.     Se Converter

Converter dos maus caminhos - Avivamento fala de mudança de direção, é sair da rota do pecado, da religiosidade, do comodismo e retornar para a rota de Deus através de mudanças tais como:

1.            Mudar 180° - Dar meia volta
2.            Dos maus caminhos:

a) Mau caminho do julgo desigual.
b) Mau caminho da irreverência na casa de Deus.
c) Mau caminho da infidelidade espiritual, ministerial e matrimonial.
d) Mau caminho das más conversações.

ESPIRITUALIDADE CULTIVADA NA VIDA PESSOAL

Quais os passos para que o crente possa viver a bênção de um poderoso avivamento em sua vida pessoal? Há um processo que culmina com uma vida cheia do Espírito do Senhor. Veja qual é.

a) A convicção de pecado. Os grandes avivamentos tiveram início quando a igreja começou a refletir sobre santificação. Pessoas foram levadas a ver que estavam em pecado. Houve confissão, arrependimento. A partir daí, o Espírito do Senhor agiu e houve transformação de vidas.

Reflitamos um pouco sobre os textos que apontam os pecados que bloqueiam nossa comunhão com Deus: Jr 17: 9-10; Ml 3: 8-10; Mt 7: 1-5; Rm 1: 18-32; 1 Jo 2: 15-17.

b) A confissão de pecados. O cristão tem de confessar  seus pecados, um a um, Sl 66: 18; Is 59: 1, 2; 1 Jo 1: 7, 9.  É importante que você tenha consciência das áreas específicas em que você tem dificuldade e pedir ajuda ao Senhor. Seja honesto consigo mesmo. Peça perdão e abandone seus pecados. Entenda o alcance da morte de Jesus para nos dar vida, Is 53: 1-12; 1 Pe 2: 24.

c) Entrega e consagração. Depois da confissão vem à entrega incondicional ao Senhor. Sl 37: 4, 5; Rm 6: 6, 7; Rm 12: 1, 2. Quando damos todos esses passos, chegamos a um ponto em que o Espírito Santo assume o controle de nossa vida. Saiba que seu corpo é templo do Espírito Santo, 1 Co 6: 19, 20. E quando o entregamos ao Senhor, Ele passa a dirigir nossa vida, conforme seu querer, Mt 3: 11; Lc 24: 49; At 1: 5, 8; Ef 5: 18. Seguindo esse processo, chega-se a experimentar um verdadeiro avivamento na vida espiritual.

CONSERVANDO A CHAMA DO AVIVAMENTO.

Muitas pessoas foram batizadas com o Espírito Santo. Vieram dias maravilhosos, foram usadas por Deus, mas depois se esfriaram na fé e se esqueceram da gloriosa experiência que tiveram. Mas, para conservar uma vida renovada, cheia da graça divina, é preciso:

a) Leitura bíblica: Estabilidade na vida espiritual é resultado de um conhecimento profundo da Palavra. “Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido”, Js 1: 8.

Lendo a Bíblia diariamente, meditando e fazendo o que nela está escrito é possível ao servo de Deus conservar uma vida espiritual abundante. Assim não é preciso ficar na dependência de visões, de profecias. Essas manifestações irão apenas confirmar o que já está na Palavra.

b) Oração. Os cristãos primitivos estavam sempre cheios do Espírito e renovados porque viviam em oração, At 4: 31. É triste ver como muitas igrejas estão perdendo o calor em suas mensagens porque o fervor da oração está desaparecendo.

Renovação espiritual e avivamento são experiências que devem ser vividas diariamente. Para tanto, o crente precisa, a cada dia, intensificar sua vida de oração, Mt 14: 23; Lc 5: 16 e 6: 12. O próprio Jesus orou muito durante seu ministério.
Muitos crentes estão se vendo confusos porque os bens materiais têm tomado o tempo da oração. Oração é questão de disciplina pessoal. Procure reservar alguns minutos, todos os dias, para estar na presença do Senhor.

c) Vida humilde. O orgulho tem levado muitos crentes ao fracasso. A vida abundante, cheia do Espírito, não é para que o crente se ache melhor que os outros. O enchimento com o Espírito Santo deve levar o crente ao trabalho pelo próximo, à edificação da igreja: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas...”, At 1: 8.

d) Santificação. O apóstolo Paulo recomendou aos crentes: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”, Ef 4: 30. Davi, ao pecar, temeu que o Espírito do Senhor fosse retirado de sua vida, Sl 51: 11. Por isso, se quisermos cultivar o avivamento, temos de alegrar o Espírito de Deus para que Ele atue em nós com muito poder.

Conclusão.

Queremos avivamento!

1 . O que estamos falando e fazendo para termos um real avivamento?

2. Qual tem sido a sua contribuição pessoal para que o avivamento se instale e permaneça na sua vida e na sua igreja?
Constantemente tenho ouvido tanto de membros quanto de pastores, um clamor por avivamento. Segundo o dicionário Silveira Bueno, “avivado” significa “atiçado, reanimado, realçado, restaurado”. Tenho percebido que o avivamento é uma necessidade. Vejamos algumas razões.

Por que precisamos crer no avivamento?

a) Porque é triste para o pastor pregar uma mensagem, quando ele mesmo está em dúvida se a mensagem pregada veio do coração de Deus ou do próprio coração.

b) Porque é triste para o pastor sair para o templo desmotivado, desanimado e entregar uma mensagem em que o resultado não foi de jejum, oração e leitura da Bíblia. Mas baseada no último problema enfrentado ou, às vezes, usando um texto como pretexto para pôr para fora mágoas do coração.

c) Porque é triste para o pastor perceber que seus ouvintes não estão sendo alimentados com as mensagens pregadas.

d) Porque é triste para o pastor perceber que o povo entra e sai vazio dos cultos.

e) Porque é duro para o povo estar presente em tantas reuniões, sem ter uma só experiência com Deus. Realmente é preciso avivamento.

Depois de terem experimentado este poder, esta ação poderosa do Espírito Santo, At 2: 1-4, os apóstolos não mais abriram mão da vida de oração e do contato diário com as Escrituras, At 6: 4. Muitas vezes pensamos que a correria do dia-a-dia é que vai levar nossa igreja a crescer, porém de nada adiantará estar aqui ou acolá sem tirarmos tempo para uma íntima comunhão com o Espírito Santo e com a palavra de Deus.

A correria produzirá cansaço e mensagens fracas, mas quando paramos para ouvir Deus, para falarmos com Deus, teremos uma palavra ungida para respondermos a todos sobre nossa esperança.

O avivamento é uma DECISÃO DE VIDA. Quando o crente aplica esses passos. Na sua vida e na vida de seus discípulos a Bíblia diz que o Senhor abrirá os céus sobre a vida deste crente e tudo o que ele fizer será bem sucedido.

O avivamento deve ser contínuo na vida do crente, ou seja, viver o avivamento o dia todo e todo dia.

É preciso estar disposto a obedecer, pois a obediência atrai a benção do avivamento, a obediência independe do concordar, a obediência é a ciência da conquista.

Avivamento é a chave para se viver dentro dos 100% do propósito do Senhor.

Alcançar todos os níveis de conquistas no sobrenatural preparados para o homem. De Gênesis a Apocalipse há um desejo no coração do Pai de estabelecer níveis de avivamento na vida do homem.
Avivamento significa: Vida completa em Deus; tornar-se mais vivo; vida no sobrenatural; vitorioso e apto a conquistar todos os territórios.

Conduzir-nos a experimentarmos uma vida de avivamento.

Ela é uma ferramenta de Deus para a liberação deste avivamento.

Um ânimo sobrenatural faz com que cada nível seja conquistado sem jugo ou fadiga.

1 - Pessoal - O avivamento pessoal é uma conquista no sobrenatural, é o desprendimento, a renúncia, o dizer não a si mesmo, e passar a ouvir (obedecer) a voz do Senhor tendo coragem, ousadia de viver uma vida de renúncia a tudo aquilo que fere a santidade de Deus na vida do crente.

2 - Familiar - Não existem avivamento no isolamento familiar. Toda família do crente e todo crente de família estarão envolvidos neste mover, sendo assim, o avivamento virá na família e a consolidação não terá fronteiras de impedimentos. A família saberá lançar fora deuses estranhos e firmará aliança com o Deus Eterno.

3 - Ministerial - Dependem do pessoal e do familiar, pois só assim será desatado o avivamento ministerial na vida do crente.

O avivamento é uma conquista através de uma vida decidida a viver no propósito dos princípios de Deus.
Por que precisamos de avivamento?

Por que é bom lembrar que as multidões seguiam Jesus sempre à procura de um milagre, à procura de sinais, Mc 6: 55-56. Hoje não é diferente. Multidões têm ido aos templos procurando remédio para sua dor, o bálsamo para sua alma, amor, carinho e compreensão. Mas o que têm encontrado?

Muitas vezes encontram mensagens fracas e vazias, púlpitos sem fogo, crentes indiferentes, criticas ao próximo, liturgia sem vida e cansativa e, por vezes, ouvimos reclamações dos crentes dizendo: “por que as pessoas entram em nossa igreja e não se convertem? Por que nossa igreja não cresce?”

Isto acontece porque falta poder na igreja. Deus que salvar transformar, curar, realizar sinais e maravilhas, mas não tem encontrado no meio de muitos dos seus um lugar para agir. Muitos cristãos deixam a obra de Deus em segundo plano, colocando em primeiro lugar, em suas vidas, o ter, o possuir, comprar e vender, esquecendo-se de dar primazia às questões do reino de Deus. Assim, a igreja caminha a passos lentos, enfraquecida, quando a Bíblia diz que Deus tem para a igreja uma vida mais que abundante.

Por que o avivamento não vem?

O avivamento não vem porque os que falam de avivamento só o fazem dentro do templo. A doutrina do batismo com Espírito Santo está esquecida em muitos púlpitos. Muitas vezes tem-se levado a igreja para o lazer, para comemorações, para diversões, ao invés de levá-la para perto de Deus. Embora o lazer seja necessário, o que leva uma igreja a ser triunfante e crescente é a ação poderosa do Espírito Santo.

Sabemos que Deus espera de nós uma busca incessante como prova de que realmente queremos o avivamento, Mt 7: 7-8. É fácil saber quando, de fato, queremos alguma coisa. Exemplo:

- Se desejarmos adquirir um veículo, falamos de carro a toda hora. Lemos sobre carro, perguntamos sobre marcas de carros. Observamos os carros à nossa volta, vamos às revendedoras de carros, etc. Tudo isso porque queremos um carro.

Temos agido assim em relação ao Espírito Santo? Em relação ao avivamento? Embora eu fosse bem garoto na época, me lembro do grande avivamento dos anos 60. O país estava passando por um momento difícil. O golpe militar parou o Brasil. Naquele momento só existiam duas classes sociais: a rica e a pobre. Via-se alguém de calça jeans, era o rico, porque os pobres normalmente vestiam roupas remendadas.

Nesse clima, a igreja só via esperança em Deus. Então passou a buscá-lo incessantemente. Em Belo Horizonte, as denominações deixaram de lado suas diferenças e alugaram o andar de um prédio, no centro da cidade, só para oração. Lembro-me de que meu pai, presbítero Bartolomeu, junto com muitos outros irmãos, após um dia estafante de serviço pesado e de se alimentar mal, ao invés de ir para casa, iam direto para o lugar de oração. Passavam a noite gemendo e chorando diante de Deus, pedindo poder e unção e só se alimentavam na tarde do dia seguinte, porque queriam um avivamento.

O resultado dessa devoção foi o surgimento de grandes pregadores, de igrejas fortes e abençoadas, e os frutos destes trabalhos estamos colhendo e vivenciando até hoje. É preciso falar, buscar, clamar, desejar este avivamento todo dia. Em casa, no carro, no trabalho, no templo, no púlpito, andando, trabalhando. Não se trata de pensamento positivo, mas de um desejo ardente de ter uma profunda experiência com Deus.

Deus quer avivar o seu povo!

Deus quer dinamizar o seu povo, realçar, restaurar, atiçar, porém tem encontrado corações mais voltados para as questões desse mundo do que para as coisas de Deus. Há cristãos que se envergonham do Evangelho de Jesus Cristo.

Lemos no livro de Atos dos apóstolos que os primeiros cristãos tinham prazer e alegria em confessar sua fé e pregavam o Evangelho de Jesus com ousadia em todo lugar. O assunto da igreja era Jesus Cristo, o ex-crucificado. Percebemos que o assunto de boa parte do povo de Deus, nos dias atuais, é:

- Pescaria, o tamanho do último peixe fisgado. Ou o esporte. Qual time ou jogador é melhor? Que técnico é melhor? Quem vai ser campeão? Etc.

Há obreiros deixando os templos fechados em dia de determinados jogos. É um absurdo! Temos de nos aproximar de Deus e não do mundo.

Creio que temos assuntos melhores, mais edificantes, mais produtivos para o reino de Deus. Tem de haver diferença entre a igreja e o mundo. O mundo caminha para o abismo, enquanto a igreja caminha para o céu. Os ímpios, em suas orgias, não fazem qualquer comentário positivo sobre o reino de Deus, mas vejo cristãos em nossos ajuntamentos falarem positivamente do que é próprio do reino das trevas.

É hora de despertarmos, de dedicarmos mais tempo para as questões de Deus, de buscarmos com mais interesse as coisas do Senhor. Ele quer fazer grandes obras nesta terra e nós somos a boca, as mãos e os pés de Deus neste mundo. Ele precisa contar com sua igreja. Somos responsáveis pela expansão do reino de Deus.

Despertemos, sejamos crentes avivados e voltados para os interesses mais altos do reino de Deus.
          
A Ele toda a Glória

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