“Porque um
menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus
ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz”. Isaías 9.6
Por isso, é um dia comemorado e festejado por todos. Para muitos, Natal
é um dia especial em que pessoas viajam para rever parentes e amigos. Para
outros, Natal é promover festas, é uma oportunidade para se deixar extravasar
os desejos da carne. Para uma criança, é uma data desejada e esperada com muita
ansiedade para se ganhar presentes.
Talvez, para muitos, o Natal seja um momento do ano em que as famílias
se reúnem para se alegrar e agradecer a Deus por mais um ano que se passou.
Para os empresários e comerciantes, é um dos eventos festivos do ano que abre o
maior espaço para vendas em todos os aspectos.
Na verdade, o Natal que a humanidade comemora tem pouco a ver com o
nascimento de Jesus. Biblicamente, Ele nasceu um dia em Belém da Judeia. Seu
nascimento foi singular, simples e humilde. Em Belém nasceu Jesus, a parte
humana, a carne do verbo, as vestimentas de carne e ossos com as quais o verbo
se cobriu para que pudéssemos ver a sua glória, Jo 1: 1-3.
E para o cristão, o que é mesmo Natal? Festas, presentes, compras,
viagens, encontros familiares, etc. O cristão deve ter em mente que Natal
para ele tem um sentido profundamente espiritual, e não apenas um sentido
humano. Vejamos, então, oque podemos aprender a respeito do Natal cristão, a
partir do registro feito por Mateus sobre o nascimento de Jesus, em Mt 2: 1-1?
Os magos que vieram do Oriente perguntaram: onde está aquele que é
nascido rei dos judeus? Sendo eles incumbidos pelo rei Herodes a respeito do
menino Jesus, v. 8, partiram em busca do recém-nascido, Vv. 1 e 9.
Eles empreenderam uma longa viagem para encontrar-se com o desejado das
nações. Natal é, portanto, exatamente isso: uma busca constante do verdadeiro Jesus.
Hoje, muitos o buscam de três maneiras distintas:
a) Buscam o Jesus que não é verdadeiro, de maneira errada: os sacerdotes
e os levitas que foram enviados pelos judeus perguntaram a João Batista: Quem
és tu? Eles buscavam o Jesus verdadeiro, mas João Batista não o era, Jo 1:
19-20.
b) Buscam o Jesus verdadeiro de maneira errada: em Lucas 2: 48 e 49,
seus pais o buscam em lugares em que Ele não estava presente. Buscavam o Jesus
verdadeiro, mas não o encontraram onde fora procurado.
c) Buscam o Jesus verdadeiro de maneira verdadeira: os magos fizeram
isso e o encontraram com a sua mãe, Mt 1: 11. Nossas irmãs, Maria Madalena,
Joana e Maria foram surpreendidas quando os anjos lhes disseram: por que
buscais entre os mortos quem está vivo?
Graças a Deus porque o Jesus a quem servimos é verdadeiro e está
nos céus, à destra do Pai. Devemos buscá-lo de todo o nosso coração, Mt 7: 7,
enquanto podemos encontrá-lo, Is 55: 6.
Natal é uma
adoração constante ao verdadeiro Jesus
Os magos, guiados pela estrela que tinham visto no Oriente, chegaram à
casa de Maria, mãe de Jesus encontrou o menino, e, prostrando-se, o adoraram.
Um dos propósitos dessa longa viagem era adorar a Jesus: viemos a
adorá-lo, v. 2.
A adoração verdadeira é um dos aspectos relevantes do Natal. Ou seja,
não existe Natal sem o compromisso de adorar o menino (Rei) Jesus. Portanto,
Natal sem adoração ao Deus Trino e Uno não é Natal. Nesse sentido, todos os
dias podem ser Natal, pois todo o dia podemos adorá-lo em Espírito e em
verdade, Jo 4: 24.
Porém, não é bem assim que acontece em nossos dias. O mundo comemora o
nascimento de Jesus com bebedeiras, festas, etc. Este é o tipo de Natal sem
sentido, sem valor, sem espiritualidade e sem aceitação divina, porque não
alegra o coração de Deus.
O Natal cristão precisa ser uma constante adoração ao verdadeiro Jesus,
que vive e reina para todo o sempre. É ir à igreja não por um hábito, ou por
mero costume, ou para ver alguém, mas para adorá-lo com um coração preparado,
Sl 108: 1.
Por isso, todo culto, quando o adorador se comporta diante de Deus com
adoração verdadeira, pode-se dizer que é dia de Natal, pois Jesus está sendo
reverenciado como o Deus-Filho.
Natal é abrir o
coração e oferecer presentes a Jesus
Os magos, depois de buscarem o menino Jesus, encontrando-o, adoraram-no.
Então, abrindo seus tesouros, apresentaram-lhe presentes, tais como: ouro,
incenso e mirra, v. 11. Vejamos o que isto pode simbolizar para o cristão:
a) Ouro: metal precioso, amarelo e brilhante.
Simboliza a realeza de Jesus, ou seja, sua dignidade de Rei. Ele nasceu como
rei. Ele é o Rei da glória, Sl 24. Uns o conhecem como um simples homem que
marcou a História. Nós o reconhecemos e adoramos como Rei dos reis e Senhor dos
senhores.
b) Incenso: resina aromática que se queimava na
antiga dispensação. Isto pode simbolizar o lado divino de Jesus. Nesse aspecto,
os magos estavam reconhecendo Jesus como Filho de Deus. Quando o cristão aceita
a divindade de Jesus, ele está abrindo seus tesouros e dando presentes a Jesus.
c) Mirra: resina odorífera, medicinal,
produzida pelo “balsamodendron”. Analisando o texto de forma abrangente, nesse
caso, mirra poderá simbolizar sacrifício. Talvez seja o sacrifício que eles (os
magos) empreenderam na longa jornada para ver a criança recém-nascida.
Um dos maiores presentes que podemos dar a Cristo é a nossa vida como
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional, Rm 12:
1. Portanto, abramos nossos tesouros, nossos corações e apresentemos ao Senhor
Jesus nossas dádivas. Ele merece. É Natal! Ele nasceu em nossas vidas, aleluia!
Que nesta noite natalina, Jesus, o Cristo, possa ter a ti como um
presente, como alguém transformado e regenerado, sem pecados e rico em amor.
Feliz Natal e um 2012, cheio da glória de Deus.
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