Texto: Lucas 10. 25-35
Antes de tecermos algum comentário sobre
esta belíssima parábolas do Bom Samaritano convêm explicarmos o que
significa uma parábola. Parábola é uma
narrativa, imaginaria ou verdadeira que se apresenta com o fim de ensinar uma
verdade.
Difere do provérbio neste ponto: não é a
sua apresentação tão concentrada como a daquele, contém mais pormenores,
exigindo menor esforço mental para se compreender.
E difere também da alegoria, porque esta
personifica atributos e as próprias qualidades, ao passo que a parábola nos faz
ver as pessoas na sua maneira de proceder, e, de viver.
Também difere da fábula, visto como
aquela se limita ao que é humano e possível. O emprego contínuo que Jesus fez
das parábolas está em perfeita concordância com o método de ensino ministrado
ao povo no templo e na sinagoga.
Os escribas e os doutores da Lei faziam
grande uso das parábolas e da linguagem figurada, para ilustração das suas
homilias. A parábola tantas vezes aproveitada por Jesus, no Seu ministério (Mc
4.34), servia para esclarecer os Seus ensinamentos, referindo-se à vida comum e
aos interesses humanos, para patentear a natureza do Seu reino, e para
experimentar a disposição dos Seus ouvintes (Mt 21.45; Lc 20.19). As parábolas
do Salvador diferem muito umas das outras. Algumas são breves e mais difíceis
de compreender. Algumas ensinam uma simples lição moral, outras uma profunda
verdade espiritual, como esta que será motivo de nosso estudo.
Num mundo essencialmente egoísta, a
parábola do samaritano é um alerta para nós. Nosso mundo, apesar de grande na
extensão territorial, tem sido encurtado dia a dia por conta do avanço
tecnológico, da comunicação e dos transportes. As facilidades diminuem a
distância entre as pessoas, mas apesar dessas facilidades, fica uma pergunta “quem
é o meu próximo e como ele está? ”